segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


Tenho ouvido e lido tantas e tamanhas palavras, que penso aonde foi parar o sentido conotativo do vocábulo.
Penso, ainda, que a palavra deveria ser para o indivíduo, o bem maior do seu caráter.

A realidade que escorrega das palavras-notícias explodindo nas telinhas, que saindo das rádios adentram aos ouvidos, o sangue, o terror, a destruição, a violência que preenchem as manchetes da mídia impressa e a omissão daqueles que podem (poderiam) ter tomado atitudes para prevenir o caos onde vemos mergulhar o planeta, me causam um grande cansaço.

Cansaço na alma, que se queda atônita sentada numa grande impotência.
As palavras voam dispersas e só me resta, sem ânimo, ouvi-las se debatendo nas paredes do meu cérebro entorpecido.

Não sei o que dizer. Não alcanço as palavras.

E a babel se instala.


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