Socorro, fui invadida!
Quem é essa que me olha
Olhar torto
Boca em ricto
Vincos fundos
Feitos pela vida
Ao lado
essa outra
ar suave
fala mansa
quase menina,
que engana,
não fosse o brilho felino
no fundo da pupila
revelando a libertina.
Meio tonta
procuro abrigo
no colo dessa,
que de pronto exita.
tem ar cansado
de forças vencidas.
Socorro, fui invadida!
Me procuro e não encontro.
Mas vejo ali no canto, retraída,
uma que parece ter saído
de foto amarelecida.
Ainda traz nos olhar o brilho
de esperanças não perdidas.
Faz dos braços aconchego
para as desilusões da vida.
Ama, confia, se entrega,
não percebe as armadilhas.
É mulher sendo menina.
E então no fim do ato,
do palco desta vida,
que lhe seja dada a fala,
última de fato e direito,
pois reconheço enfim,
ser ela o EU de mim.
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Astinha, adorei o blog! Repleto da sua sensibilidade! Parabéns! Já sou sua seguidora! Bjs
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